28 abril 2007

Corrente de bençãos - Formando uma rede intercessória.

Alcançar a felicidade é a meta de todo cidadão consciente. Mas o que é a felicidade ?
Talvez haja mais relatividade em se buscar essa definição, do que na teoria de Einstein.
Jesus, o maior exemplo vivo de fraternidade, a figuração encarnada de DEUS, o filho por excelência, dizia que a sua felicidade estava em fazer a vontade do PAI. Fazer a vontade do pai, evidentemente não significa amealhar riquezas, se envolver em processos políticos complicados e nem sempre lícitos. Tão pouco seria virar celebridade, o centro dos flashes, ídolo de mlihares de cabeças ocas.
Na minha opinião, fazer a vontade do pai só pode significar uma coisa. Atingir a perfeição, erigindo o templo interior, purificar o espírito. O caminho para se chegar lá pode ser variado, ‘as vezes mais longo, outras mais complicado, mas todos chegaremos lá. Esse processo envolve algumas etapas :
1) Religare – Nascemos do PAI, mas praticamos os mais absurdos atos contra a sua criação, até nos darmos conta, que somos co-criadores, e aí nos voltamos para o PAI, nos RE-ligamos a ele, o que na verdade nunca deixou de acontecer por parte dele, nós é que perdemos o número do celular dele, temporariamente.
2) Fanatismo – A fase onde achamos que todos devem enxergar o que vemos, a nossa verdade absoluta. Achamos inverossímel, alguém não enxergar algo tão cristalino como a nossa verdade. O detalhe é que “esquecemos”, que por milênios, nós também não viamos isso.
3) Entendimento – Compreendemos afinal que a palavra de DEUS, os ensinamentos de Jesus, são para nós mesmos, e não peça retórica para nossos familiares, amigos e principalemente desafetos.
4) Trabalho – Essa é a fase que mais interessa a DEUS e aos bons espíritos. O que fazer com o conhecimento adquirido, com a fé nascente, com o júbilo da RE-ligação, com a volta do filho pródigo. Trabalho é a questão. Passar a frente na forma de ajuda, tudo aquilo que angariamos, recebemos, colhemos. Aqui então se iniciam as brigas. Tal grupo não me serve, eles falam demais !!! Aquele outro é complicado, nínguem fala comigo !!! Esquecendo as nossas fraquezas, procuramos companheiros perfeitos, mentores disponíveis, malbaratando o tempo com novas desculpas. Só que agora, muito será cobrado de quem muito recebeu.
Quando iniciamos o trabalho sem a preocupação pecuniária, sem nos aborrecermos com os companheiros, praticando a fraternidade, e principalmente, colocando nas mãos de DEUS os resultados, criamos uma cadeia de bençãos, um entrelaçamento de afeições. Exemplificando, se eu atendo numa mesa mediúnica um caso de obsessão e com a permissão divina, somos bem sucedidos, ficamos com uma parcela de gratidão de duas famílias, a do encarnado obsidiado e a do desencarnado obsessor. Há quanto tempo não estaria a mãezinha daquele obsessor, tentando resgatá-lo ?
É evidente que não podemos iniciar os nossos trabalhos num Centro pensando no reconhecimento das pessoas, da gratidão... mas é lógico pensar que isso aconteça, e é porisso também, que sempre os maiores beneficiados do trabalho mediúnico, são sempre os próprios médiuns.
Essa corrente de bençãos cria uma atmosfera amorosa no nosso local de trabalho, que beneficia a todos. Esse ambiente possibilita a estadia, a permanência de trabalhadores do Astral, quando em missão na Terra. A presença desses irmãos aumenta as possibilidades de melhora dos pacientes que procuram o Centro,e a corrente não se quebra. E os exemplos são tantos que seria cansativo enumerá-los, mas uma imaginação razoavelmente fértil, conseguiria encher páginas.
Plageando Eintein, talvez poderíamos definir a felicidade assim :
F = A x C2 , onde F seria felicidade, C é o tempo e A significa ajuda, doação, auxílio.
Trabalhemos pela nossa felicidade, doando o máximo de tempo em prol dos nossos irmãos e do nosso aperfeiçoamento, assim como fez Jesus, o maior de todos os tempos.

Sérgio

16 abril 2007

Cura e doença espiritual. Entendendo o processo.



"Assim no céu como na Terra, assim na Terra como no céu"
Hermes Trimegisto

A ciência terrena nos privilegia com a capacidade de sabermos hoje e cada dia mais, sobre o processo adoecer.
Sabemos em todos os cantos do mundo qu
e a alimentação, o excesso de bebida, o cigarro, a droga, são fatores que influenciam negativamente a nossa saúde.

Há um despertar mundial para o cuidado com o corpo e com o ecossistema onde vivemos,
mas sempre observando somente o ponto de vista material.
Nunca houve tanta produção de
alimentos, mas as pessoas continuam passando fome.

Nunca houve tanta tecn
ologia, mas nos tornamos escravos do celular e da internet.

Nunca houve tanta descoberta e produção científica, mas continuamos(países do terceiro mundo) morrendo vitimados pelas doenças do século 19.

O acesso à comida fez explodir nos países em desenvolvimento a incidência de diabetes e obesidade. Até o ano de 2025 seremos 330 milhões de diabéticos e 2 a 3 vezes esse número de hipertensos e pré-diabéticos.

O que está faltando? Temos tecnologia, temos entendimento, temos conhecimento médico e científico!

Falta estancar a causa primária da doença. Todas as doenças, sem exceção, vem do espírito. Isso não se trata de radicalismo. Somos mera expressão material do nosso espírito. Entender quais são as causas primárias da doença é fundamental para começarmos a erradicá-las.

Como dizia Hermes Trimegisto há milhares de anos, "Assim no céu como na Terra, assim na Terra como no céu". Esse ditado nos mostra que não necessitamos inventar muitas teorias sobre o adoecer da alma. O que acontece é que em se tratando do corpo físico, conseguimos nos entupir de alimentação e bebidas inadequadas, causando doenças. Falando do espírito, fazemos a mesma coisa, só que com nossos pensamentos e emoções.

O nosso descontrole emocional, que nos leva a interrogar até os caminhos que a espiritualidade, que Deus nos oferece para a nossa evolução, são os maiores causadores de doença que existe. PArtindo do princípio que o nosso corpo espiritual é o molde, a forma onde o corpo de carne se estrutura, é fácil concluir que uma forma danificada produz um corpo doente.

O que lesa, estraga essa forma? Nossos pensamentos e sentimentos que não se coadunam com o amor. Veja só! Não se trata de castigo, de ira divina, mas sim de escolher caminhos e arcar com as consequências. E quando digo consequências, é no sentido de que toda ação produz uma reação (Hermes falava isso bem antes de Newton). E essa reação, que é coordenada pela misericórdia divina, é sempre no sentido de nos mostrar o melhor caminho de volta ao amor do Pai, mesmo que nesse caminho enfrentemos dores e angústias.

Então é simples assim? É.

Jesus dizia : - Vós sois deuses! Conhecereis a verdade e ela vos libertará!

Mas se é simples, porque é tão difícil colocar na prática?

1) Medo - Algumas pessoas vivem uma vida medíocre, infeliz e triste, com medo de enfrentar suas dificuldades e ir a luta. Medo
do desconhecido, do amanhã, da insegurança, da opinião alheia, da família, do marido, da esposa...

2) Preguiça - Mal que acompanha o homem desde que o mundo é mundo. Queremos o milagre, e rápido!

3) Falta de fé! É mais fácil colocar a culpa de tudo que acontece em mim na genética do que assumir a culpa e lutar pela cura. Genética é importante? Sim. Somos seres físicos também. Mas a energia do nosso corpo espiritual determina a expressão dos nossos genes. Porisso nem sempre carregar um gene significa doença.

Cultivemos hábitos saudáveis, como alimentação adequada, evitar excessos, não fumar, não usar drogas, mas principalmente tenhamos bons hábitos espirituais, promovendo em nós a cura verdadeira, a da alma. Como? Jesus já disse isso há milhares de anos com muito mais propriedade que poderíamos expor aqui.

Paz e luz!
Que Jesus abrace a todos por mim.
Sérgio

13 abril 2007

CONGRESSO MÉDICO ESPÍRITA DE 2007


Prepare-se! O MEDINESP 2007 vem aí!

Reserve sua agenda nos dias 7, 8 e 9 de junho. Nesta data, acontecerá em São Paulo (SP), o MEDINESP 2007, com o tema “150 anos em busca da integração corpo-mente-espírito”, Congresso da AME-Brasil e Internacional – Associação Médico-Espírita do Brasil e Internacional – que é realizado a cada dois anos.

Nesta edição, o MEDINESP 2007 terá a participação de mais de 40 oradores nacionais – vindos de todas as partes do Brasil – e cinco oradores internacionais, da Europa, Estados Unidos e América Latina. “Desejamos somar com todos os que buscam igualmente um modelo para a Medicina, que vise à perfeita integração corpo-mente-espírito. Com este objetivo, desde 2003, temos trazido, aos nossos congressos, colegas e cientistas que estejam no mesmo campo de ação e suficientemente abertos ao diálogo a fim de somar conosco na luta por esse ideal maior”, declara a presidente da AME-Brasil e Internacional, Dra. Marlene Nobre.

Entre os palestrantes internacionais, destacamos a presença de:


Dr. Melvin Morse – EUA
Médico pediatra. Foi o primeiro pesquisador – há 20 anos – a estudar casos de Experiências de Quase-Morte (EQM) em crianças.
Dr. Erlendur Haraldsson – Islândia
PHD pela Universidade de Friburgo (1972), é autor de inúmeros artigos e livros acerca da sobrevivência do espírito e da reencarnação.

Entre os oradores nacionais, destacamos as presenças de: Alberto Almeida, André Luiz Peixinho, Décio Iandoli Jr., Fabio Nasri, Gilson Luiz Roberto, José Roberto Pereira dos Santos, Marlene Nobre, Roberto Lúcio Vieira de Souza e Sérgio Felipe de Oliveira.


02 abril 2007

A RAZÃO DA REVELAÇÃO ESPIRITUAL - Giselle Fachetti





A revelação dos mistérios espirituais sempre existiu, em todos os tempos e civilizações, através da mediunidade, talento este que tomou os mais diversos nomes de acordo com o conhecimento, preconceitos e limitações das comunidades em que se manifestava.

Os profetas, videntes, feiticeiras e pitonisas tinham em comum a possibilidade de entrar em contato com o mundo invisível. Esse dom, de base meramente orgânica, foi distribuído amplamente entre os filhos de Deus. Os sábios, os éticos, os sensíveis podem ter entre suas habilidades naturais a mediunidade. Os brutos, mesquinhos e venais também podem ser agraciados com essa capacidade.

Conforme a condição vibratória do instrumento mediúnico, ou médium, sintonizam-se com ele os seus semelhantes. Assim se um médium cultiva hábitos e pensamentos salutares ele se porá em contato com espíritos mais elevados. Caso o instrumento se dedique práticas imorais e antiéticas ele será conectado a entidades de padrões vibratórios mais baixos.

O contato com o invisível, por si só, nos prova a sobrevivência do princípio inteligente à morte do corpo físico. Isso já é motivo suficiente para que repensemos nosso destino como seres eternos.

Entretanto, o conteúdo das revelações, ou comunicações, tem maior importância do que a sua simples possibilidade como evento natural. No livro mediúnico mais divulgado no planeta, a Bíblia, encontramos a advertência do apostolo João para que verifiquemos a origem das revelações, se são realmente provindas de um servo de Deus, espírito elevado, ou não. Somente a análise crítica do conteúdo da comunicação nos dará essa resposta.

Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus,

porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.

João I: 4, 1a 3.

E essa responsabilidade de análise é nossa atribuição. Isso se deve ao fato de que nenhuma conquista tem valor se não for obtida com o esforço pessoal. É a questão do mérito. Do fazer por merecer. Para sermos dignos de uma revelação de grande significado, temos que valorizá-la com nosso esforço e empenho no estudo metódico e racional. Sermos, portanto, dignos da ajuda que recebemos.

Por isso, a espiritualidade não fará nosso trabalho, não nos oferecerá respostas prontas e nem soluções mágicas. Essa plêiade de espíritos abençoados, conhecida em algumas denominações religiosas como Espírito Santo (um espírito santo, entre muitos, conforme as traduções mais fiéis), nos revelará o necessário para que prossigamos na investigação amorosa sobre os conhecimentos necessários para nosso progresso espiritual como coletividade harmônica, que somos, apesar de nossa diversidade. Não só o que necessitamos nos será revelado, mas aquilo que somos capazes de suportar. Nada de útil teria uma revelação superior à nossa capacidade de entendimento. É como dar pérolas aos porcos.

Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas,

não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem.

Mateus; 7, 6.

Vejamos um exemplo simples, porém contundente. Ao estudarmos a Bíblia a encontramos recheada de jóias da mais profunda sabedoria, de normas éticas que nos conduzem ao sucesso e á realização, de princípios morais indiscutíveis e sempre atuais. E desse livro tido como sagrado e de grande valor histórico retiramos os versículos abaixo:

Agora, pois, matai todo o homem entre as crianças,

e matai toda a mulher que conheceu algum homem, deitando-se com ele.

Porém, todas as meninas que não conheceram algum homem,

deitando-se com ele, deixai-as viver para vós.

Números 31: 17, 18.

Compare com o seguinte:

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso;

o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.

Não se porta com indecência, não busca os seus interesses,

não se irrita, não suspeita mal;

Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

I Coríntios 13: 4, 7.

Seria o autor espiritual dos diferentes textos o mesmo? Deus, como querem muitos teólogos, ou um espírito santo. Espírito elevado no caso do segundo trecho e em relação ao primeiro, nem tão elevado assim, como as interpretações bíblicas mais cuidadosas e coerentes nos informam.

Como explicaríamos a contradição dos seguintes versículos se fossem de inspiração verdadeiramente divina, portanto, infalíveis e inquestionáveis?

E falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo;

depois tornava-se ao arraial; mas o seu servidor, o jovem Josué,

filho de Num, nunca se apartava do meio da tenda.

Êxodo 33: 11.

E disse mais: Não poderás ver a minha face,

porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá.

Êxodo 33: 20.

Só a análise rigorosa dos textos bíblicos, considerando não só a sua tradução fiel, baseada em profunda análise lingüística e etimológica, mas também, o contexto social e cultural da época em que eles foram redigidos, nos permitirá que tomemos algum ensinamento por verdadeiramente, ou não, oriundo da espiritualidade superior. Ensino este já era enfatizado por Paulo, nos primórdios da era cristã, quando nos disse que o espírito vivifica e a letra mata.

O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento,

não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica.

2 coríntios 3:6

Da mesma forma nos orientou Kardec, quando nos exorta a analisarmos a comunicações mediúnicas de forma racional e equilibrada para que o fenômeno não nos encante e nos iluda, fazendo-nos crer em tolices que, se proferidas por crianças ainda na primeira infância, seriam motivo de riso coletivo.

Se a Bíblia contém inúmeras verdades sublimes ao lado de ensinamentos de origem e conteúdo menos elevado (ou mais material e imediatista), todas as outras obras de origem mediúnica são tão, ou mais, suscetíveis a enganos ou omissões.

Os espíritos sendo os mesmos homens, apenas transitoriamente despidos de sua veste física, trazem consigo as mesmas limitações que tinham quando encarnados. Em função dessa heterogeneidade podem nos transmitir ensinamentos do mais alto teor evangélico ou ocuparem-se de bobagens e curiosidades mais próprias dos profissionais de entretenimento cômico.

Por isso, concitamos aos Espíritas que analisem rigorosamente todas as mensagens oriundas tanto dos estudiosos encarnados, quanto dos espíritos desencarnados, comparem, estudem e discutam para somente depois tomá-las como ensinamento digno de ser seguido.

É o comportamento que deve nos nortear tanto nos estudos evangélicos, quanto nos estudos das obras básicas da Doutrina Espírita. E mais ainda, deve nos dirigir, também, nos estudos dos textos revelados mais recentemente, que no trazem novidades empolgantes, adequadas ao atual estágio de desenvolvimento do pensamento filosófico. Essas devem, entretanto, ser pinçadas por entre as tolices que se espalham por inúmeras produções precipitadas intuídas por entidades interessadas em desacreditar o movimento redentor espírita, assim como desacreditar, também, outros movimentos religiosos também calcados no exercício do bem e do progresso íntimo dos indivíduos.

Além das orientações disponíveis em textos obtidos através da mediunidade missionária, essa habilidade, se adequadamente treinada e desenvolvida, permite o trabalho no tratamento de outras questões espirituais além da tão necessária transformação interior. Estamos nos referindo á obsessão e ás lesões perispirituais dos encarnados e desencarnados ainda cativos de suas culpas e revoltas.

Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.

Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria;

e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;

E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé;

e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;

I Coríntios 12:7, 9.

Esse tipo de terapia caridosa é exercido de forma segura e protegida dentro das Casas Espíritas sob a assistência de grupos especializados do além, mas também está sujeita a influência de desencarnados ignorantes ou ao discernimento precário de médiuns imprevidentes.

Nestes trabalhos, quando regidos pela disciplina adequada, estão sendo reveladas novas técnicas de acesso ao mundo invisível e de manipulação das energias cósmicas para procedimentos terapêuticos. Esses novos conhecimentos, se acrescidos às bases sólidas construídas pelo cultivo do amor puro ensinado pelo Cristo e reavivados pela Doutrina Espírita, permitem obtenção de resultados surpreendentes no alívio das dores de ordem espiritual. E, em alguns casos, chegam a trazer melhoras até para problemas físicos, isso conforme as leis divinas de merecimento e utilidade coletiva.

A doutrinação dos irmãos desencarnados, presos na dor e desespero, mostrando os caminhos para o auxilio reconfortante, pode ser mais eficiente e rápida com a utilização dessas técnicas que nos vem sendo ensinadas desde 1965, quando o Dr. José Lacerda De Azevedo iniciou suas pesquisas nesta área. Estudos estes que foram publicados pioneiramente no livro de sua autoria, Espírito/Matéria: Novos Horizontes para a Medicina editada pela primeira vez em 1987.

Os seus estudos mostram a utilidade do desdobramento consciente, induzido por pulsos energéticos, no maior aproveitamento dos diversos tipos de mediunidade. Trata-se de um campo novo de pesquisa, que por isso, deve ser abordado cuidadosamente e por vários grupos de trabalho diferentes, para que haja a tão essencial validação pela multicentricidade de ensinamentos concordantes.

O estudo sistematizado como conduzido por Kardec, em relação á terceira revelação, deverá ser repetido, em termos de método e rigor, agora em relação á nova técnica, que nos foi presenteada pelos amigos espirituais. Como já sabemos essas revelações são graduais e proporcionais á nossa capacidade de absorção e dedicação ao estudo responsável.

Portanto, devemos estudar os princípios, a teoria, os fenômenos e os resultados. Apresentá-los aos estudiosos da Doutrina Espírita e da metapsíquica em geral, validá-los pela repetição e corrigi-los em função da crítica pertinente. A prudência e o critério científico serão extremamente úteis para impedir que erremos, mesmo que por entusiasmo inflado pelas mais belas intenções.

Temos que saber que o contato com os mentores, ou mesmo os doentes encarnados e desencarnados, pode muitas vezes envolver uma comunicação mediada por símbolos, que nos exige raciocínio e conhecimento profundo na área do psiquismo saudável e doentio, para a sua correta interpretação.

O contato com o grupo de sofredores dos mais diversos matizes exige, por sua vez, conhecimento teórico das técnicas terapêuticas utilizadas no mundo astral, tais como a manipulação das energias sutis de forma consciente, assim como um cabedal de conhecimentos na área da psicoterapia transpessoal e familiar.

Devemos nos informar, ainda, sobre como se organizam e trabalham as organizações trevosas do além. Eles, como nós encarnados, evoluíram espantosamente em seus conhecimentos tecnológicos e passaram à utilização técnicas de agressão e dominação, não só mais eficientes como mais dissimuladas.

Se persistirmos na ilusão, de que tudo já sabemos, que todas as revelações estão contidas nos cinco livros básicos da Doutrina Espírita e de que as técnicas de terapia espiritual já se desenvolveram até seu limite, estaremos incorrendo em um erro primário. Erro este já cometido por todas as grandes estruturas religiosas que nos precederam e se perderam na grandiosidade de sua estrutura e hierarquia paralisantes.

Se não pretendemos seguir os ensinamentos claros e objetivos de Kardec, para o estudo e progresso contínuo, sigamos pelo menos o ensinamento histórico, que nos mostra padrões de ascensão e queda das estruturas que deixam de se apoiar na investigação e questionamento sistemático, para apoiarem-se em dogmas construídos unicamente para a auto-sustentação de sua própria imensidão, e não para a preservação e difusão de seus mais puros ideais evangélicos.

Giselle Fachetti Machado