16 dezembro 2016

Nova escala de 'comida para o cérebro' destaca os melhores nutrientes para depressão

Nova escala de 'comida para o cérebro' destaca os melhores nutrientes para depressão



Cientistas desenvolveram uma nova escala baseada em evidências que pontua alimentos de origem animal e vegetal que melhoram os sintomas depressivos.
A pesquisa sobre os beneficios dessa escala e de alimentos que ajudam a nutrir o cérebro foi apresentada no Encontro Anual de 2016 da American Psychiatric Association (APA) em uma sessão lotada.
Existem evidências crescentes do papel crucial da dieta na saúde do cérebro, particularmente em áreas associadas a depressão e demência, disse o Dr. Drew Ramsey, professor e médico assistente de psiquiatria, Columbia University, Nova York, que foi um dos palestrantes.
"Os dados mostram claramente que existem sinais fortes de prevenção quando ajudamos nossos pacientes a comer melhor", disse o Dr. Ramsey ao Medscape Medical News.
Alimentos de origem vegetal estão no topo  da escala alimentar do Dr. Ramsey. Para desenvolver esse sistema de perfil nutricional, ele e seus colegas avaliaram a literatura e montaram uma lista do que eles chamam de nutrientes cerebrais essenciais (NCE) que afetam o tratamento e prevenção da depressão.
Os nutrientes principais incluem os ácidos graxos de cadeia longa ômega 3, magnésio, cálcio, fibras e vitaminas B1, B9, B12, D e E.
Eles reuniram dados nutricionais das melhores fontes alimentares de NCE de acordo com os Dados Laboratoriais de Nutrientes do Serviço de Pesquisa em Agricultura dos EUA e usaram uma fórmula para calcular a pontuação do que chamaram de Escala de Alimentos para o Cérebro.
"Nós estamos muito interessados no uso da literatura científica para peneirar os nutrientes cujas evidências mostram um papel importante na depressão", disse o Dr. Ramsey.
Nutrientes "críticos"
Além das fontes vegetais desses nutrientes, eles procuraram também incluir fontes animais, pois alguns deles, como a vitamina B12, são predominantemente encontrados na carne e outros produtos animais e são "absolutamente críticos para saúde cerebral", disse o Dr. Ramsey.
Os mecanismos possíveis pelos quais esses alimentos podem melhorar a função cerebral incluem estabilização da membrana neuronal e efeitos anti-inflamatórios.
Os pesquisadores planejam submeter essa pesquisa para publicação, disse o Dr. Ramsey.
Embora esses nutrientes sejam a chave para a função cerebral, estatísticas de 2009 do mostram que a maioria dos americanos não os consomem em quantidades suficientes. Por exemplo, as porcentagens da população americana que não cumprem a ingestão diária recomendada desses nutrientes chave são:
  • Vitamina E: 86%
  • Folato: 75%
  • Cálcio: 73%
  • Magnésio: 68%
  • Zinco: 42%
  • Vitamina B6: 35%
  • Ferro: 34%
  • Vitamina B12: 30%
Além dos vegetais de folhas verdes, os pesquisadores destacaram a importância do consumo de vísceras, carnes de caça, castanhas (nozes e amendoins), mariscos (mexilhões, mariscos, ostras), moluscos (polvo, lula, caramujo), e peixe (salmão e sardinhas). Embora seja recomendado que os pacientes comam cerca de 250-350 gramas de peixe por semana, é importante escolher peixes que tenham pouco mercúrio. Os indivíduos devem limitar assim o consumo de cação e peixe-espada.
O Dr. Reynolds também destacou que ele quer ajudar os pacientes a tomarem decisões melhores em relação a carne. Essas escolhas, disse ele, deveriam incluir animais de pasto.
Embora a pesquisa foque mais nas áreas da depressão e demência, novos estudos estão avaliando transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, ansiedade e adição, disse o Dr. Reynolds.
A maior parte dos dados vieram de relatos de caso e estudos epidemiológicos, porém já está em andamento o primeiro estudo randomizado controlado, o Ensaio SMILES, que está testando o impacto de uma dieta rica em muitos desses nutrientes na depressão maior.
O estudo inclui 176 pacientes com episódios depressivos maiores em dois centros em Victoria, Austrália. Os participantes foram aleatoriamente inscritos para um grupo de intervenção dietética, focado em uma dieta saudável, ou um grupo de apoio social.
Embora os resultados desse estudo provavelmente não serão publicados até o final do ano, o grupo do Dr. Ramsey teve a chance de discutir os resultados com seus pesquisadores, e os resultados foram "positivos" e "melhores que o esperado".
"O que é excitante sobre isso é que vai dar à comunidade médica e nossos pacientes um novo conjunto de ferramentas em termos de tratamento e prevenção de doenças mentais", disse o Dr. Ramsey.
Interesse crescente em alimentação como tratamento
Esse é o quarto ano consecutivo em que o simpósio sobre alimentação e cérebro ocorre no encontro anual da APA, e todo ano ele atrai audiências cada vez maiores. Esse ano a sessão contou com a participação de mais de 400 psiquiatras e outros especialistas, disse o Dr. Ramsey.
Além do Dr. Ramsey, a Dra. Emily Deans, instrutora de psiquiatria, Harvard University, e a Dra. Laura LaChance, residente de psiquiatria do quinto ano, University of Toronto, também falaram na sessão.
"Está claro que mudar nossos hábitos alimentares não é fácil. As boas notícias é que os psiquiatras são capacitados para ajudar nossos pacientes a realizarem mudanças comportamentais complexas – isso é o arroz com feijão no tratamento psiquiátrico. Até recentemente, no entanto, não estava claro que tipo de dieta os pacientes com transtorno mental devem consumir", disse a Dra. Laura.
O Dr. Ramsey destacou a importância de se falar sobre alimentos e nutrição com pacientes que enfrentam doenças mentais.
Os psiquiatras, disse o Dr. Ramsey, deveriam perguntar regularmente aos pacientes o que estão comendo e se possuem aversões ou alergias alimentares. Usando uma voluntária da audiência, ele demonstrou uma interação entre terapeuta/paciente que incorpora a dieta. Essa voluntária disse que seguia uma dieta de "jejum intermitente" para ajudar a controlar o transtorno bipolar.
Esse tipo de jejum aumenta a produção de cetonas, o que, de acordo com algumas evidências, é uma fonte de combustível "limpo" para o cérebro, disse o Dr. Ramsey em uma entrevista. Alguns relatos de caso sugerem que essa dieta é benéfica para pacientes com transtorno bipolar tipo II, que está associado com variações menos intensas do humor em comparação com o bipolar tipo I, disse ele.
Um número dessas "dietas especiais", que também incluem a dieta sem glúten e a dieta paleolítica, ou dos homens das cavernas, assim como dietas vegetarias e veganas, estão se tornando muito populares. O Dr. Ramsey falou sobre a "promessa" ao redor dos "alimentos, justiça alimentar e abastecimento" e da popularidade das feiras livres de alimentos orgânicos.
Ele destacou que "é nosso trabalho como médicos entender essa dieta e seus riscos e benefícios".
Dietas veganas e vegetarianas
Um dos riscos, ao menos com a dieta vegana, e em alguma extensão com a dieta vegetariana, é a falta de vitamina B12. Uma deficiência dessa vitamina pode levar a depressão, anemia, e eventualmente a "danos neuronais irreversíveis", disse o Dr. Ramsey.
Um estudo recente que examinou a população vegana mostrou que 52% dos indivíduos eram "francamente deficientes" em vitamina B12 e que 23% tinham níveis "insuficientes", disse ele.
Um relato de caso com 30 mães veganas mostrou que 60% de sua prole possuía atraso do desenvolvimento e 37% atrofia cerebral, disse a Dra. Emily aos delegados do encontro. Existe uma forte correlação entre não comer carne e taxas maiores de depressão e ansiedade e pior qualidade de vida, disse ela.
Embora de certa forma a dieta vegana "faça sentido", visto que a dieta americana é muito carregada de produtos animais, "isso não significa que a solução é não comer frutos do mar", disse o Dr. Ramsey.
Mas durante um período de questionamentos após a sessão, que durou mais de uma hora, uma psiquiatra que tem sido vegana por muitos anos questionou algumas das conclusões do grupo. Ela observou que a dieta vegana trouxe benefícios para a própria saúde, incluindo redução dos níveis de colesterol.
Embora a dieta seja uma questão pessoal, e muitos pacientes sigam o que acreditam ser uma dieta saudável, os hábitos dietéticos mudaram de forma geral ao longo do último século, e não para melhor.
Tem havido uma mudança dos alimentos integrais para os processados. Além disso, houve aumento do consumo de açúcar, carboidratos mais refinados, e mais alimentos com corantes, conservantes e gordura trans têm sido consumidos.
Alimentar o microbioma
O Dr. Ramsey foi vegetariano por mais de uma década, mas ele disse que "não me sentia tão bem". Ele relatou que sua saúde física e mental melhorou quando ele começou a comer frutos do mar e fontes sustentáveis de carne de pasto e mais laticínios.
Ele vive parte do ano na fazenda de sua família em Indiana, onde planta mais de 50 variedades de couve. Segundo ele, seu livro 50 Shades of Kale (em português, "50 Tons de Couve"), tem ajudado esse vegetal de folhas verdes a obter "uma boa posição no cardápio do cidadão americano".
A couve não é apenas uma comida saudável, mas também barata. Outros alimentos saudáveis que a maioria das famílias podem incluir no orçamento são as lentilhas e feijões.
Ele e outros palestrantes discutiram a extensa literatura científica relacionada a esses e outros alimentos que melhoram a função cerebral. Evidências crescentes sugerem que os pacientes deveriam escolher mais alimentos de origem vegetal.
Uma dieta com alimentos vegetais "alimenta o microbioma", disse o Dr. Ramsey, acrescentando que ela contribui para as bactérias intestinais que parecem "ter um papel enorme em nossa saúde geral".
As plantas também são muito "densas em nutrientes", e assim possuem mais nutrientes por caloria.
Mostarda verde, espinafre, pimentão, e outros vegetais contém "fitonutrientes". A pesquisa mostra que essas "moléculas sinalizadoras", que incluem o licopeno e os carotenoides, ajudam a proteger o cérebro, disse o Dr. Ramsey.
Encontro Anual de 2016 da American Psychiatric Association (APA): Apresentado em 17 de maio de 2016.

02 dezembro 2016

Deus e a Chapecoense - Ricardo Di Bernardi

Nos dias que se sucederam ao infeliz episódio do desastre aéreo que ceifou dezenas de vidas da  querida Chapecoense, nós tivemos a oportunidade de escutar  inúmeras opiniões,  conceitos e explicações extremamente tímidas no que concerne às causas espirituais  do lamentável evento.
Desde as primeiras obras psicografadas por Chico Xavier no século passado já eram mencionados os fenômenos de fluxo das energias, as sintonias entre campos vibratórios do psicossoma e o magnetismo impresso nas moléculas do corpo espiritual. Campos energéticos que atraem outros semelhantes pelo automatismo da Lei de Ação e Reação.   Estamos em pleno século XXI e constrangidos, observamos o deficiente conhecimento desta fenomenologia por significativo segmento de estudiosos do mundo extrafísico. 
Associando-se ao precário estudo, há uma excessiva preocupação a não atribuir-se o fenômeno da “culpa” às vítimas correlacionando o fato às vidas pretéritas. Prefere-se uma postura semelhante às religiões tradicionais, entendendo que o fenômeno decorreu do livre arbítrio de todos e de uma mera fatalidade. A Doutrina Espírita não é assim.
É verdade que a espiritualidade superior nãoarquiteta uma meticulosa ação que reúne num mesmo lugar, culpados de ontem para se tornarem vítimas de iguais sofrimentos causados a terceiros. Sucede  sim, outro fenômeno. A Espiritualidade Superior  procura amparar amorosamente àqueles que trazem em sua estrutura, em seus tecidos perispirituais o magnetismo que os ligará, automaticamente a um determinado fato. 
Os campos vibracionais do corpo espiritual são geradores de ondas que exteriorizam arquivos pretéritos e essas energias buscam, pelo automatismo da natureza, situações pontuais.
Também, é verdade que atribuir a mera causalidade fatos de tamanha gravidade como desencarnes coletivos, seria demonstrar o desconhecimento da Lei Universal  e do  mecanismo perfeito e automático da dinâmica energética que rege a todos os  Seres que geram com  atos, pensamentos e sentimentos.
Em função da falta de profundo mergulho em obras como “Mecanismos da Mediunidade” e  “Evolução em Dois Mundos “ lemos posturas, aparentemente modernas, de críticas às explicações do resgate coletivo, tais como no circo em Niterói R.J.,   quando o emérito  Chico Xavier recebeu, psicograficamente, informações de que também em um circo romano aquelas pessoas teriam participado de atrocidades. 
Existem no corpo astral, de cada um de nós, trilhões de núcleos energéticos que armazenam os detalhes do “modus vivendi” das mais longínquas encarnações. Cada núcleo destes emite uma frequência de onda com características específicas. O conjunto dessas energias gera uma vibrante psicosfera que determinará fragilidades, tendências, vocações e valores, os quais pela “Lei de “Ação e Reação” proporcionam altíssimas probabilidades de sermos atraídos á determinados eventos. Isto é o que pode ter acontecido.
Acima de tudo, é o momento de irradiarmos  energias de amor, carinho e amparo a simpaticíssima delegação da Chapecoense que continua viva, na dimensão extrafísica,sendo acolhida por parentes e amigos do mundo astral.
A movimentação psíquica de solidariedade que receberam de todo o planeta os facilitará a se adaptarem mais rapidamente a nova vida, que com certeza será bela e agradável após a  recuperação do trauma.
Quiça, muitos destes atletas, dirigentes e jornalistas  podem ter sido instrumentos de Deus para mobilizar as melhores  energias mentais no planeta, sim, pois  há tempo não se via tantas pessoas no mundo emanarem  amor, em ondas de luz e essas energias   contribuíram em uníssono para a melhoria da psicosfera  do planeta.
Queridos amigos da chapecoense: muito obrigado!
Felicidades a todos!
.A morte não existe!  

Dr. Ricardo Di Bernardi

Homeopata