11 fevereiro 2016

Guerreiros da fé - Giselle Fachetti


Ontem ao me deitar à procura do sono reparador, fiz minhas preces habituais. Logo percebi o contato suave de um instrutor espiritual que comigo pretendia debater uma questão atual que vinha me intrigando e, ocasionalmente me induzia a uma profunda indignação.
Observamos neste último século inúmeros avanços na saúde pública e, ainda assim, continuamos a nos deparar com desafios recorrentes como a transmissão materno fetal de doenças infectocontagiosas. Assim iniciou o mestre espiritual a sua explanação.
Durante séculos a sífilis marcou as famílias com a vergonha e a dor, ela se estampava nas faces deformadas dos recém-nascidos portadores da sua forma congênita, até que a penicilina viesse a derrotar o Treponema.
A rubéola foi contida ainda recentemente, quando imunizamos os jovens adultos. Inúmeras ameaças foram sendo controladas graças ao grande empenho da comunidade científica e da população sob risco.
Agora que o controle da AIDS já é uma realidade, nos aparece o Zica vírus, que se transmite via picada de um mosquito já bem conhecido nosso, que tem nos atormentado por desfrutar de nosso lixo não reciclado e por habitar a água empoçada naquele nosso lixo que não foi adequadamente descartado.
Estudemos o assunto além da sua biologia, sua transcendência é que nos interessa nesse debate, alertou-me o atencioso orientador.
A transmissão, o controle e as rotinas de saúde serão desenvolvidas oportunamente. A proteção à vida que se desenvolve no ventre materno será obtida com sucesso em breve, conforme já aconteceu em relação às doenças mais antigas.
Na realidade o processo será bem mais ágil, já que o conhecimento e a tecnologia hoje disponíveis permitem que os resultados sejam alcançados em anos e não em séculos como outrora.
Até que se controle a nova doença, ela trará de volta à crosta terrestre, entre a dor e a agonia, os Guerreiros da fé, para que sejam acolhidos por mães de Luz.
Os Guerreiros da fé são espíritos que desencarnaram recentemente, vítimas de embates da guerrilha fundamentalista que pretendia defender o Criador através do equivocado sacrifício de sua preciosa existência física.
A misericórdia do Nosso Criador é tamanha, que foi organizada no Além uma grande força tarefa para receber os Guerreiros da fé, assim que eles transpusessem os portais que comunicam o mundo físico com o mundo espiritual através da autodestruição em nome de Alá, em nome do Cristo Jesus, ou em nome dos Santos e dos Eleitos das mais diferentes ordens.
Tal deferência foi oferecida aos suicidas deste grupo pois realizavam o sumo sacrifício em nome de uma fé distorcida, mas em cujas raízes se encontram os germens das boas intenções que viriam posteriormente a se deturpar.
Estes seres usaram o grande potencial de amor que o Criador colocou em seus corações como combustível para projetarem-se em guerras fratricidas e suicidas e não, como seria o ideal, para obterem a harmonia e compaixão que a tudo equilibra e cura.
Essa força tarefa estabeleceu um plano, um grande projeto, para levar os Guerreiros da fé acolhidos nos inúmeros lares das crianças (veja o livro Os mensageiros da esperança) espalhados pelas mais diversas colônias espirituais que gravitam em torno do planeta Terra, de volta ao corpo físico.
Nesta nova oportunidade encarnatória seriam oferecidas condições mais adequadas para que eles retemperem o exercício da religiosidade inata. Os Guerreiros da fé acordarão em corpos físicos adequados para uma experiência de religiosidade mais singela e pura, diferente daquela anterior, beligerante e raivosa.
Assim nossos irmãos serão acolhidos em sua maioria, na Pátria do Evangelho, Nação esta que já tem em sua natureza a tendência de acolher e nutrir a diversidade. A mesclagem de culturas, hábitos, sotaques, etnias e religiões permitirá que os Guerreiros da fé recebam grandes doses de virtudes como a aceitação e moderação. E, estas a eles serão úteis no saneamento das suas características opostas de radicalização, imposição e fundamentalismo.
As lesões que a si próprios causaram com o autoextermínio, muitas vezes associado ao assassinato em massa, trazem para seus os corpos físicos uma enorme suscetibilidade à ação viral deletéria, suscetibilidade esta que variará conforme o grau de comprometimento de cada guerreiro em particular.
Essa oportunidade bendita, oferecida pelo Criador aos seus filhos queridos, apesar dos seus desvios que os distanciaram da harmonia universal, os trarão de volta às sendas do Pai, em tempo muito reduzido em relação ao que seria necessário sem esse processo.
As lições a serem aprendidas pelos guerreiros da fé envolvem suavidade, compreensão e compaixão. Terão que abrir mão das certezas que os protegiam como paredes de concreto e aço. Terão que aprender a se mover entre os delicados caminhos da incerteza, aceitando as diferenças e a realidade de que existem inúmeras verdades válidas.
Apenas poderão cumprir esse grandioso objetivo de resgate coletivo se na terra forem aceitos. A escolha da Pátria do Evangelho para essa missão de amor e compaixão se deve à sua postura tradicional de valorização da vida.
A Pátria do Evangelho é habitada por espíritos amorosos que em sua maioria absoluta não são influenciados por propostas comodistas de eugenismo sanitário. Alguns cairão diante da prova, mas o triunfo será a resposta mais frequente e, com esse triunfo retornarão à pátria espiritual redimidos os Guerreiros da fé e seus abnegados genitores e familiares.
A força tarefa do Cristo receberá então, novamente, de braços abertos os filhos doces que colocou no seio desta Nação para sua reeducação, recuperados e, prontos para servirem em um exército de amor, paz, consolo e luz.
Serão eles conhecidos a partir deste momento bendito não mais como Guerreiros da fé, mas como Soldados da Luz.

Essa força tarefa que se constituiu no Além, sob a Luz do Cristo e, sob a egrégora de seus anjos celestiais, foi denominada de Força Tarefa do Projeto ReLuz. E, nesse momento precioso os Tarefeiros do Projeto ReLuz agradecem aos cidadãos do Evangelho, por sua coragem e doçura ao receberem carinhosamente essa nobre missão de amor.

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