13 março 2006

No momento do desencarne



Imagine uma pessoa num quarto de hospital, vivendo seus últimos momentos dessa encarnação. Vamos imaginar duas possibilidades:

Cena 1 - Entra um médico, bom profissional, porém completamente desligado da realidade espiritual.
Ele se aproxima do doente, é um momento grave. Com a sua experiência, pressente a proximidade do fim. Coloca o estetoscópio no peito do paciente e ausculta um ritmo cardíaco atrapalhado, de um coração que implora por uma folga.
- Infelizmente, acredito que o Sr. Machado não sobreviverá até o anoitecer, diz ele para a família que espera ansiosa pela avaliação do esculápio.
Choros ansiosos e angustiados cortam o ar. O ambiente energético se desequilibra, piorando a já grave situação do enfermo.
O médico olha para a cena, tão familiar em sua vida profissional, sente tristeza por presenciar mais um paciente seu que se despede desse mundo, mas enfim, a vida na terra continua e se despede da família, deixando-a vivenciar a dor da separação iminente.

Cena 2 - Entra um médico, bom profissional, porém ciente da realidade espiritual.
Ele se aproxima do doente, é um momento grave. Com a sua experiência, pressente a proximidade do fim. Coloca o estetoscópio no peito do paciente e ausculta um ritmo cardíaco atrapalhado, de um coração que implora por uma folga. Enquanto tenta ouvir as bulhas cardíacas, eleva seu pensamento a Deus e pela ação da sua vontade faz irradiar de seu chacra cardíaco e pelas suas mãos, uma energia balsamizante, confortadora, que se espalha pelo corpo alquebrado do paciente.
- Acredito que o momento do retorno do Sr. Machado está próximo, é importante procurar apoiá-lo nesse instante , envolvendo-o com amor e carinho, diz ele para a família que espera ansiosa pela avaliação do esculápio.
Choros ansiosos e angustiados cortam o ar. O ambiente energético se desequilibra, piorando a já grave situação do enfermo.
O médico olha para a cena, tão familiar em sua vida profissional, sente tristeza por presenciar mais um paciente seu que se despede do mundo, mas enfim, sente que vida continua em outra dimensão e se dirige a família, com frases de estímulo, abordando a questão espiritual com delicadeza e respeito pelas crenças alheias. Jesus não veio a Terra e disse que o seu reino não era desse mundo? Não é a vida uma oportunidade fugaz de demonstrarmos na prática aquilo que acreditamos de mais sagrado? Não caminhamos todos inexoravelmente para o mundo espiritual? E conclui seus apontamentos conclamando a todos a serenidade, a leitura edificante e a oração.

A cada dia que passa estamos mais próximos da vida espiritual. Essa aproximação pode deixar alguns incomodados, mas é um caminho democrático, vivenciado por todos, sem exceção. Nesse exemplo acima, descrevemos o papel do médico consciente da vida espiritual perante a família que perde um ente querido, mas nesses momentos extremos todos nós podemos exercer um papel de seareiros do Cristo, através da oração, da calma, da amizade, mesmo que no mais absoluto silêncio quanto as nossas crenças.
O
conhecimento exige um preço, que é a utilização do saber em prol da comunidade em que vivemos. Se acreditamos de fato na continuidade da vida, não tem sentido não combater esse péssimo hábito de encarar a “morte” como o fim de tudo. Se sabemos que não há verdadeira morte, mas mudança de plano vibracional, porque aceitarmos ou sermos coniventes com atitudes que demonstrem o contrário? Porque alimentar sentimentos de desamparo absoluto se sabemos que o Pai não desampara nenhum de seus filhos e toda separação é ilusória?
Se você acredita de verdade na realidade espiritual e na continuidade da vida, comece agora mesmo a vivenciar essa realidade no seu dia a dia, conectando-se através da oração e da meditação aos planos superiores da existência e iniciando agora a sua “aclimatação” energética. Exemplifique a sua crença através da calma, da paciência e da compreensão nas leis divinas e seus desdobramentos em nosso cotidiano.
Viver com o intuito de desencarnar bem, de estar bem do lado de lá, isso é que importa, e o que verdadeiramente levamos daqui.
Paz e luz!

4 comentários:

Anônimo disse...

Muito sábia sua posição neste tema, mas quando estamos do outro lado, precisamos de muito equilíbrio para aceitarmos uma partida às vezes, ao nosso ver, prematura. Parabéns pelo seu trabalho. Lanna Angélica

Anônimo disse...

Que lindo! Temos realmente que nos preparar melhor e estarmos sempre atentos, não podemos ser omissos uma vez que acreditamos que a nossa verdadeira vida é a espiritual. Parabéns pelo seu trabalho e esforço de nos esclarecer, que você possa continuar firme no seus propositos.
Um grande abraço, Silvone.

Anônimo disse...

Sérgio,
Que artigo bonito!
Ontem mesmo tive a experiência de presenciar o desespero de um espírito, ao se deparar com a sua realidade pós morte.Que bom seria se todos nós pudéssemos ser preparados para a nossa longa viagem, com novos conceitos e abordagens na medicina terrena

Abraços
Wânia

andréia klagemberg disse...

estou apavorada no momento sentindo dores no corpo inteiro como se eu tbem fosse desencarnar,mas depois que li as mensagens um calor invadiu meu corpo me dando mais fé e força,muito obrigada pelas palavras que deus eseeja sempre com todos,amém