11 novembro 2012

Ciência e espiritualidade


A história nos narra que a crença na capacidade do homem em interagir no processo de saúde e doença vem de longe. Os magos da Caldéia e os brâmanes da Índia buscavam curar pela aplicação do olhar, estimulando o sono e a letargia.
No templo da deusa Ísis, às margens do Nilo, a imposição das mãos era usada pelos sacerdotes iniciados, para tentar aliviar o sofrimento de milhares de pessoas. Os gregos, que incluíram no seu modo de vida muita coisa do Egito, usavam a fricção das mãos no tratamento dos doentes.
Na antiga Grécia havia templos dedicados ao deus da medicina (Esculápio ou Asclépio), onde os doentes eram curados de forma sobrenatural durante o sono.
Nesse processo de pesquisa, o homem refuta tudo que não pode ser provado e vai se afastando  do imponderável.
O método científico pode ser timidamente resumido em 4 itens :
1 – fazer observações;
2 – formar uma hipótese testável para explicar as observações;
3 – deduzir predições a partir das hipóteses;
4 – buscar confirmações das predições; se as predições contradizem a observação empírica, volta-se ao passo 2.
A palavra "método" sugere uma espécie de fórmula secreta, disponível apenas para cientistas altamente treinados, mas isso não procede. O método científico é algo que todos nós podemos usar a qualquer momento. De fato, adotar algumas das atividades básicas do método científico - ser curioso, fazer perguntas, procurar respostas - é algo natural em todo ser humano. A característica que define a ciência é o conceito da hipótese testável.
Uma hipótese testável deve fazer predições que podem ser validadas por observadores independentes.
O método científico é comprovadamente uma ferramenta poderosa, mas tem suas limitações. Essas limitações se baseiam no fato de que uma hipótese precisa ser passível de teste e de refutação, e que experiências e observações precisam ser passíveis de repetição. Isso coloca certos tópicos além do alcance do método científico. Por exemplo, a ciência não pode provar ou refutar a existência de Deus ou de qualquer outra entidade sobrenatural.
O terceiro milênio nos coloca, profissionais da saúde que acreditamos na existência do imponderável, na obrigação de confrontarmos nossas crenças milenares e admitirmos que algo além da matéria existe e pode ser manipulável, para nos ajudar no processo de saúde holística.
Quando pesquisamos no site pubmed.org, que é uma grande biblioteca online podemos facilmente comprovar que os cientistas vanguardeiros tem feito a sua parte.  Se digitarmos a palavra prayer (do inglês; oração) veremos que aparecerão mais de 48.000 trabalhos. Se no lado esquerdo da tela do pubmed clicarmos em “Randomized controlled Trial” veremos que mesmo assim ainda teremos 900 trabalhos. Os trabalhos randomizados controlados prospectivos são pesquisas feitas com metodologia mais clara e transparente, com menor chance de erro. Se partirmos para a pesquisa de metanalises, que são trabalhos que verificam o resultado de centenas de outros trabalhos dentro de um tema, concluímos que existem evidências científicas importantes sobre o efeito da prece na melhora da saúde, com excelentes trabalhos feitos nos grandes centros universitários mostrando que a oração, seja ela proveniente de pessoas queridas ou não se constitui em um fator externo de ajuda, acelerando a recuperação de doenças as mais variadas.
Esses dados são importantes para embasar a nossa crença na espiritualidade, na continuação da vida, na ação da prece e na tentativa de manter uma vida mais regrada dentro de limites éticos de respeito e amor.
Chegará o dia em que a prescrição formal de uma terapia complementar, que utilize a manipulação da energia como ponto central, passará a ser mais uma opção terapêutica. Nessa visão não há uma terapia melhor que a outra, nem a medicina oficial deixará de ser importante, pelo contrário, esperamos que médicos, psicólogos e terapeutas das mais variadas áreas trabalhem juntos em busca da cura verdadeira, a cura da alma.
Paz e luz!

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