A
sexualidade, como nós já vimos comentando no decorrer de nossos escritos, não é
atributo exclusivo da atividade hormonal que pulsa em nosso organismo. Essa
força provém do inconsciente e das mais profundas regiões do nosso espírito
Ao longo da
imensa jornada na qual transitamos como princípios espirituais pelos diversos
reinos da natureza, nós amealhamos volumoso patrimônio em todas as áreas da
experiência. Assim, também, a energia sexual manifestou-se no escoar dos
milênios, de forma crescente, buscando se aprimorar e se sutilizar.
Na fase
humana em que hoje nos situamos, voltamos ao mundo físico ligando-nos a um
óvulo que fecundado nos prende ao novo arcabouço biológico. Uma nova roupagem
física, uma nova e delicada indumentária, mas contendo um Espírito pleno de
conteúdos psíquicos, ou seja, uma alma rica em arquivos energéticos que, embora
estejam adormecidos, estão prontos para acordarem para continuidade de seu
aprendizado.
A criança,
que recebemos em nosso lar, não é um bloco em branco onde poderemos escrever
qualquer mensagem ou ditar qualquer conteúdo, ao contrário, é um livro com
inúmeros capítulos já escritos por ela mesma e, agora, vem nos solicitar
auxílio para que dê continuidade a história de sua vida, ampliando conteúdos
nas mais diversas áreas do desenvolvimento humano.
O Espírito
que, atualmente, está renascido em um
corpo infantil, já vivenciou em diversas encarnações, alegrias e tristezas na
área da sexualidade, já sofreu traumas como desfrutou momentos de afeto e amor.
Cada experiência adquirida registrou-se em arquivos energéticos que pulsam e
emitem estímulos com peculiaridades as mais diversas, gerando tendências
específicas.
O Espírito
reencarnado, hoje, se apresenta na vestidura infantil e aparentemente dócil,
para ter nova oportunidade de aprendizado
beneficiado pela anestesia do passado. Há necessidade das expressões da
sexualidade surgirem nos momentos adequados, sob a supervisão amorosa e
consciente dos pais, e não sejam essas
expressões da sexualidade, estimuladas
precocemente.
A
“adultização” precoce das crianças é um fator prejudicial a este
desenvolvimento. Observamos, em consultório de pediatria, meninas em tenra idade, usando roupas de adultos,
portando telefones celulares, navegando irresponsavelmente pela internet,
caminhando em saltos altos, assistindo televisão de forma descontrolada e exibindo adereços ou acessórios que mais
caberiam para uma jovem adulta ou mulher.
Tudo parece
muito inocente, mas são estímulos precoces que despertam interesses inadequados
para a idade, além de sintonizar com outras energias externas e intrusas tanto
da dimensão física como da extrafísica. Estamos em um planeta que é habitado
por mentes em diversos estágios de equilíbrio e somos responsáveis por aqueles
que nos foram confiados pela espiritualidade maior.
A criança
deve viver como criança. Andar, vestir-se e brincar como criança. A
sensualidade tem sua beleza e é, sem dúvida, inerente ao espírito humano, mas o
período infantil foi oportunizado, pela sabedoria da natureza, para refazerem-se forças e ocorrer o reforço dos
condicionamentos de harmonia em todas as áreas do psiquismo.
Dr. Ricardo Di Bernardi é médico pediatra, homeopata. Fundador e presidente do ICEF em Florianópolis. Autor de vários livros entre eles - Gestação Sublime intercâmbio.
http://www.estantevirtual.com.br/autor/ricardo-di-bernardi
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