Energia sexual
nas modalidades de relações íntimas
Dr. Ricardo Di Bernardi
Vivemos e
vivenciamos um século recém-egresso da fase histórica da repressão sexual
que ocorreu na sociedade terrestre e, ao mesmo tempo, convivemos com a reação
exagerada a essa repressão, levando a condutas extremas de liberalidade.
Enfocaremos aqui a temática da energia sexual nas modalidades de
relações íntimas, sem moralismo, porém baseados nos conhecimentos da dinâmica
das vibrações psíquicas que ocorre no intercâmbio sexual entre dois espíritos
reencarnados na Terra.
O processo evolutivo levou o ser humano a descobrir a monogamia
como a forma mais viável para obter-se uma vida mais equilibrada, com maior
possibilidade de paz, saúde e harmonia, apesar das nossas fortes tendências
poligâmicas, decorrentes de inúmeras reencarnações anteriores, influenciar
nosso comportamento atual.
Um casal que se ame deve buscar, apenas, um no outro a complementação sexual,
sem recorrer a relacionamentos múltiplos ou experiências comuns com uma
terceira pessoa. A participação, - conjunta ou não - de um terceiro tornaria o
intercurso sexual um ato desvinculado do amor e a harmonia energética far-se-ia
senão impraticável extremamente improvável.
Outro aspecto importante a se considerar; Como todo pensamento é uma ação
mental, tudo que se pensa emite ondas e essas ondas se projetam rumo à
determinada direção. Durante o ato sexual, há pensamentos que entram em
sintonia com as correntes de pensamento do universo ampliando-se as energias de
quem os produziu e cada casal navega em mares diferentes do grande oceano das
energias cósmicas.
Assim, quando pensamentos projetam-se do casal ou de um dos participantes do
ato sexual para fora do ambiente íntimo, em direção específica, por exemplo,
buscando imagens de outra pessoa, lembranças ou circunstâncias de terceiros,
duas consequências se operam: o pensamento emitido Invade a privacidade de
outrem podendo atuar na aura desta pessoa, além disto, pode ocorrer um retorno
de energias, consciente ou inconscientemente emitidas por quem às recebeu, ou
pelo acompanhamento espiritual que gira em torno dela, com as mais diversas consequências
sobre quem iniciou a produção do pensamento e, até mesmo, gerando repercussões
sobre a harmonia do casal.
Quanto à forma ou maneira física do casal, na intimidade, relacionar-se
sexualmente, existem indagações frequentemente feitas pelas pessoas que se
preocupam com as questões psíquicas, éticas ou religiosas. Haveria alguma forma
correta ou incorreta de um casal praticar um ato sexual? Haveria alguma atitude
física incompatível com os valores espirituais?
Lembramos que devemos nos ater a nossa realidade de espíritos encarnados no
Planeta Terra. Não somos, ainda, seres que podem abstrair-se da alimentação, ou
seja, não há condições de completarmos nossas necessidades nutricionais apenas
com a energia solar. Igualmente, não amamos continuamente como os seres
angelicais, quando amamos o fazemos de forma fragmentária. Enfim, somos seres
humanos, habitantes da Terra, com necessidades compatíveis com nosso nível de
psiquismo e organização física.
Tudo isto é verdade, porém não invalida que tenhamos conceitos estabelecidos em
conhecimentos físicos e extrafísicos que ampliam nossa percepção e podem nos
dar segurança em nossas condutas tanto sexuais como em todas as demais
atividades que desempenhamos na vida.
Devemos ter em mente um porvir de fecundas realizações espirituais, porém
o equilíbrio e reposição das nossas energias ainda obedecem a nossa realidade –
nosso estágio de homo sapiens terráqueo - por isto, o prazer sexual costuma
fazer parte de nossas necessidades.
Não há qualquer mérito em nos abstermos das alegrias do sexo quando o mesmo é
sedimentado no amor. Não nos elevaria espiritualmente, nem eticamente,
privarmo-nos da criatividade nas relações sexuais na busca da interação
crescente do casal que está unido por amor.
Não se adquire méritos espirituais na privação voluntária, conceito oriundo da
ideia equivocada de penitência, mas sim no que construirmos de positivo na
vida. As antigas crenças ou religiões que ainda conservam o ranço medieval
refletiram os sentimentos de culpa dos sacerdotes (pelo celibato compulsório),
cultivaram as limitações da sexualidade e cobriram com o estigma do pecado o
intercâmbio criativo do relacionamento físico de um casal que se ama
verdadeiramente.
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