02 agosto 2016

Energia sexual nas modalidades de relações íntimas - Dr. Ricardo Di Bernardi



Energia sexual nas modalidades de relações íntimas
          Dr. Ricardo Di Bernardi
      Vivemos e vivenciamos um século recém-egresso da fase histórica  da repressão sexual que ocorreu na sociedade terrestre e, ao mesmo tempo, convivemos com a reação exagerada a essa repressão, levando a condutas extremas de liberalidade.  

            Enfocaremos aqui a temática da energia sexual nas modalidades de relações íntimas, sem moralismo, porém baseados nos conhecimentos da dinâmica das vibrações psíquicas que ocorre no intercâmbio sexual entre dois espíritos reencarnados na Terra.  

            O processo evolutivo levou o ser humano a descobrir a monogamia como a forma mais viável para obter-se uma vida mais equilibrada, com maior possibilidade de paz, saúde e harmonia, apesar das nossas fortes tendências poligâmicas, decorrentes de inúmeras reencarnações anteriores, influenciar nosso comportamento atual.

            Um casal que se ame deve buscar, apenas, um no outro a complementação sexual, sem recorrer a relacionamentos múltiplos ou experiências comuns com uma terceira pessoa. A participação, - conjunta ou não - de um terceiro tornaria o intercurso sexual um ato desvinculado do amor e a harmonia energética far-se-ia senão impraticável extremamente improvável.
            Outro aspecto importante a se considerar; Como todo pensamento é uma ação mental, tudo que se pensa emite ondas e essas ondas se projetam rumo à determinada direção. Durante o ato sexual, há pensamentos que entram em sintonia com as correntes de pensamento do universo ampliando-se as energias de quem os produziu e cada casal navega em mares diferentes do grande oceano das energias cósmicas.

            Assim, quando pensamentos projetam-se do casal ou de um dos participantes do ato sexual para fora do ambiente íntimo, em direção específica, por exemplo, buscando imagens de outra pessoa, lembranças ou circunstâncias de terceiros, duas consequências se operam: o pensamento emitido Invade a privacidade de outrem podendo atuar na aura desta pessoa, além disto, pode ocorrer um retorno de energias, consciente ou inconscientemente emitidas por quem às recebeu, ou pelo acompanhamento espiritual que gira em torno dela, com as mais diversas consequências sobre quem iniciou a produção do pensamento e, até mesmo, gerando repercussões sobre a harmonia do casal.

            Quanto à forma ou maneira física do casal, na intimidade,  relacionar-se sexualmente, existem indagações frequentemente feitas pelas pessoas que se preocupam com as questões psíquicas, éticas ou religiosas. Haveria alguma forma correta ou incorreta de um casal praticar um ato sexual? Haveria alguma atitude física incompatível com os valores espirituais?

            Lembramos que devemos nos ater a nossa realidade de espíritos encarnados no Planeta Terra. Não somos, ainda, seres que podem abstrair-se da alimentação, ou seja, não há condições de completarmos nossas necessidades nutricionais apenas com a energia solar. Igualmente, não amamos continuamente como os seres angelicais, quando amamos o fazemos de forma fragmentária. Enfim, somos seres humanos, habitantes da Terra, com necessidades compatíveis com nosso nível de psiquismo e organização física.

            Tudo isto é verdade, porém não invalida que tenhamos conceitos estabelecidos em conhecimentos físicos e extrafísicos que ampliam nossa percepção e podem nos dar segurança em nossas condutas tanto sexuais como em todas as demais atividades que desempenhamos na vida.

             Devemos ter em mente um porvir de fecundas realizações espirituais, porém o equilíbrio e reposição das nossas energias ainda obedecem a nossa realidade – nosso estágio de homo sapiens terráqueo - por isto, o prazer sexual costuma fazer parte de nossas necessidades.

            Não há qualquer mérito em nos abstermos das alegrias do sexo quando o mesmo é sedimentado no amor. Não nos elevaria espiritualmente, nem eticamente, privarmo-nos da criatividade nas relações sexuais na busca da interação crescente do casal que está unido por amor.

            Não se adquire méritos espirituais na privação voluntária, conceito oriundo da ideia equivocada de penitência, mas sim no que construirmos de positivo na vida. As antigas crenças ou religiões que ainda conservam o ranço medieval refletiram os sentimentos de culpa dos sacerdotes (pelo celibato compulsório), cultivaram as limitações da sexualidade e cobriram com o estigma do pecado o intercâmbio criativo do relacionamento físico de um casal que se ama verdadeiramente.

            Tudo que um casal, na intimidade da vida conjugal, desejar experienciar, não envolvendo presenças ou energias externas, deve ser respeitado e compreendido como sendo descobertas mútuas de intercâmbio físico e deve associar-se a trocas de energias amorosas. Assim, somar-se-á um profundo e crescente enlevo psíquico que lhes permitirá alçar o voo da liberdade amorosa nas asas da responsabilidade e cumplicidade.        

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