Observa-se que
algumas pessoas possuem recursos internos que as preparam para o enfrentamento
das dificuldades. Na condição de um desses recursos internos, a resiliência é
definida como sendo a “capacidade de se renascer da adversidade fortalecido e
com mais recursos. É um processo ativo de resistência, reestruturação e
crescimento em resposta à crise e ao desafio” (Walsh, 2005, p. 4).
A resistência ao
estresse não tem uma medida fixa e varia de acordo com as circunstâncias,
sugerindo bases ambientais, mas também, constitucionais da pessoa para essa
capacidade de reverter os efeitos de pressões extremas, mesmo que não saia
totalmente ileso da experiência vivenciada.
Outras pessoas,
após vivenciar situações estressoras e/ou traumáticas, mostram-se desnorteadas,
desesperançadas, desacreditadas de si mesmas, até perdem o sentido da própria
vida por acreditar que nada mais pode ser feito. Muitas tornam vítimas do
próprio sofrimento, empobrecendo-se na capacidade produtiva social e afetiva
pelos sentimentos de raiva e culpa. Neste sentido, observa-se que são pessoas
sobreviventes, pois, não apresentam ter adquirido aprendizado positivo, que as
façam mais fortalecidas e transformadas após uma experiência ruim.
A família é o
lugar onde ocorre o desenvolvimento emocional e social do ser humano. Portanto,
espera-se que pai e mãe, responsáveis no exercício das suas funções, sejam
capazes de prover os filhos de recursos que sustentem o seu desenvolvimento
psicossocial.
Assim, se faz mister, um contexto relacional familiar harmonioso
e competente no atendimento às necessidades físicas, psicológicas e emocionais
de seus membros, por torna-se fundamental para o desenvolvimento de pessoas
resilientes.
Cristiane de Carvalho Neves é psicóloga especializada em luto.
cristianecarvalho.psi@gmail.com
Ref.
Bibl. Froma Walsh, Fortalecendo a resiliência familiar, 2005
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