20 julho 2006

VERTER PARA A CARNE


A humanidade sempre esteve à procura da cura para os males físicos que atingem os seres humanos, desde que o mundo passou a ser habitado, e de uma forma geral, nunca soubemos lidar com as desordens físicas.

Durante muito tempo, adoecer era sinônimo de ira divina, que se abatia sobre nós na forma de tumores, cancros, desencarnes súbitos, que até então não tinham outra causa senão essa.

O conhecimento médico andava de parelha com o conhecimento do oculto, do sobrenatural, até que no apagar das luzes da idade média, houve a separação litigiosa entre ciência e religião, ciência e ocultismo, o conhecimento das coisas palpáveis e o das coisas invisíveis.

Após essa briga, o conhecimento sobre a matéria assumiu proporções vertiginosas, macro e microscopicamente falando, mas o entendimento do processo desencadeador da doença e a forma de tentar combatê-la, enveredou por um caminho tortuoso, e que parece não estar respondendo aos anseios do homem do terceiro milênio que começa a se voltar para o Divino, para o Sagrado, independente de religião.

O espiritismo, através de suas inúmeras obras e das oportunidades que nos dá de pesquisar e aprofundar no processo saúde-doença, mostra que o foco deve se voltar para o corpo espiritual. Utilizamo-nos de diferentes veículos de manifestação (corpo físico, duplo etérico, corpo astral e mental), para atingir nossos objetivos de evolução, e com o passar das encarnações, vamos acumulando energias deletérias em nosso psiquismo quando somos egoístas, maldosos, maledicentes... porém como a nossa jornada é de evolução contínua, mesmo que as vezes lenta, essa energia necessita ser drenada e uma das formas disso acontecer é através da doença física.

As encarnações com doenças congênitas, crianças que já nascem doentes, são a maior prova disso. A drenagem dessas energias provoca sérios danos no corpo físico, vertendo para a carne o que nos incomoda e levando à cura espiritual, mesmo que ocasione a doença no corpo físico. E aqui reside um problema crucial de nossa sociedade.

Mesmo entre espíritas é comum ver a apreensão, a ansiedade de se curar o corpo físico, quando isso, em um número importante de casos, pode representar justamente a melhor forma de se curar definitivamente o espírito. Por exemplo: Uma mulher com disfunção energética relacionada a sexualidade, pode apresentar tumorações no útero, casos de endometriose... Acompanhamos recentemente um caso assim no nosso centro, onde a orientação dada foi que os miomas uterinos eram justamente a oportunidade que os mentores estavam tendo de limpar o perispírito da paciente, ou seja, a doença era nesse caso uma verdadeira benção.

Quando adoecermos é importante escutar com atenção o que a doença quer nos mostrar, e pensar sempre nas conseqüências daquela doença no meu corpo espiritual. Vale isso algumas dicas :

1) Eu, deliberadamente ou não, provoquei essa doença nessa vida ?

2) Existe algum padrão de comportamento meu que possa estar acelerando o processo?

3) O que devo mudar na minha conduta para evitar que o problema se repita?

4) O que estou fazendo para que meu corpo astral seja limpo, sem a necessidade de doenças?

5) Quais benefícios evolutivos posso obter da doença?

6) Existe em mim algum grau de revolta por estar doente?

Pense nisso. É importante levar a sério os conhecimentos que temos sobre a vida espiritual. Não há acaso, nem preferência, nem castigo. Só há oportunidades de evolução, que ocorrem de acordo com a necessidade de cada um de nós.

Que nós possamos aproveitar melhor essas chances de crescimento, lembrando sempre que a melhor alternativa para nossa cura interior é o amor, junto com a caridade, mas se a doença chegar, bendita seja essa oportunidade de verter para a carne, energias armazenadas em nossos corpos espirituais que nos oprimem e atrasam nossa marcha evolutiva.

Paz e luz a todos!!!


Um comentário:

Anônimo disse...

Bom Dia a todos!
Muito legal esse artigo!
Gostaria de saber se existe algum livro que nos ajude ou nos ensine a identificar esse processo,visto que o "vigiar" faz parte da cura,
não seria isso?