O
Sexo tal qual vivenciamos agora, como seres humanos reencarnados, estruturou-se
no decurso de incontáveis milhões de anos. Todos nós já tivemos inúmeras vivências
que passamos tanto na dimensão física como na dimensão espiritual, isto vem
ocorrendo desde que fomos projetados como fagulhas infinitesimais a jorrar da
fonte Criadora. Todas as nossas aquisições, sem exceção, decorreram de inúmeras
experiências adquiridas nas passagens pela vida material e pela vida extrafísica
e estas inúmeras passagens ocasionaram, em cada um de nós, estímulos diversos determinando
as características que hoje apresentamos.
Desde o átomo, onde o núcleo atrai os
elétrons, até os seres de níveis mais elevados do universo, que trocam intensos
fluxo de amor, a energia sexual pulsa como força geradora de união e progresso.
É longo e infinito o caminho a ser percorrido na estrada do progresso.
A sede real do nosso sexo, não se
acha, de forma alguma, no veículo físico, mas sim na profundidade espiritual,
em sua estrutura complexa. Da mesma forma, a formação do sexo masculino e
feminino provém de tempos imemoriais quando ainda éramos um simples princípio espiritual
que se tornaria Espírito no escoar dos infinitos milhões de anos. O instinto sexual já se expressava
quando os primeiros agrupamentos de mônadas celestes se reuniam magneticamente
umas às outras; tais quais núcleos e elétrons se atraem no microcosmo e sóis e planetas
interagem trocando energias no macrocosmo.
É sobejamente conhecido, de todo
estudioso das questões espirituais, que a essência do espírito não tem sexo,
mas no transcorrer de nossa longa jornada reencarnatória adquire-se peculiaridades
individuais que hoje expressamos energeticamente através de uma polaridade, que
pode ser mais ativa (masculina) ou mais receptiva (feminina) na esfera da
sexualidade.
A polaridade masculina ou feminina
presente em nós, tanto no corpo astral como na exteriorização biológica,
construiu-se lentamente, desde as primeiras encarnações do princípio
espiritual. Os princípios espirituais, desde o início do seu mergulho na
dimensão física, traziam em sua constituição um “gênero” no teor de força, ou
seja, uma condição intrínseca que se expressava em energias predominantemente
ativas ou passivas. E, conforme estudamos na magnífica obra, Evolução em Dois
Mundos, os Seres Coordenadores da evolução em nosso Planeta estimularam tais
pendores ou tendências energéticas.
A intensificação das tendências
energéticas ativas e passivas favoreceu o futuro surgimento do masculino e
feminino. O aparecimento do sexo, no veículo físico, iniciou-se nas bactérias e
células primitivas nas quais já se observavam, em algumas delas, qualidades
magnéticas positivas ou negativas, isto é, ativas ou receptivas. Essas
tendências, segundo informações de autores extrafísicos, foram estimuladas
pelos Orientadores Espirituais encarregados do progresso do planeta Terra. O
surgimento do masculino e do feminino elaborou-se lenta e gradativamente,
portanto, desde a origem do Espírito.
Dr. Ricardo Di Bernardi
Médico homeopata
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