24 maio 2010

Espiritualidade no paciente em diálise: o nefrologista deve abordar?


Nesse artigo, Giancarlo Luchetti que é do setor de Geriatria da Santa Casa de São Paulo e Núcleo de Pesquisa da Associação Médico-Espírita de São Paulo, nos fala sobre Espiritualidade no paciente em diálise. Para acessar o artigo na íntegra entre no site da Scielo - http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-28002010000100020&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

INTRODUÇÃO

A doença renal é considerada um grande problema de saúde pública devido a suas altas taxas de morbidade e mortalidade. Atualmente, no Brasil, existem mais de 54 mil pacientes em terapia renal substitutiva, conforme o Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia de 2002, sendo aproximadamente 50 mil em hemodiálise. Apesar de os tratamentos disponíveis nas doenças renais terminais substituírem parcialmente a função renal, aliviarem os sintomas da doença e preservarem a vida do paciente, nenhum deles é curativo.

Os distúrbios psiquiátricos nesses pacientes têm sido objetivo de vários trabalhos recentes que demonstram uma prevalência entre 5 a 22% dependendo dos critérios diagnósticos usados. Quase metade dos pacientes em diálise possuem sintomas depressivos e destes, 25% chegam a preencher critérios para depressão. Da mesma forma, de 20 a 40% dos pacientes preenchem critérios para ansiedade. A qualidade de vida dos dialíticos também é prejudicada e é motivo de inúmeras pesquisas no intuito de promover uma melhoria em suas condições de vida e conforto.

Nesse contexto atual de prevalência cada vez mais acentuada de comorbidades e pacientes em diálise, encontra-se o papel da religião. Os pacientes que possuem doenças crônicas e muitas vezes incuráveis apegam-se a fé e ao ato religioso como forma de encontrar um apoio e um alívio para sua dor.

Espiritualidade é definida por Koenig como "busca pessoal para entender questões finais sobre a vida, sobre seu sentido, sobre as relações com o sagrado ou transcendente, que pode ou não levar ao desenvolvimento de práticas religiosas ou formações de comunidades religiosas". Já religiosidade é entendida como "extensão na qual um indivíduo acredita, segue e pratica uma religião, podendo ser organizacional (participação na igreja ou em templo religioso) ou não organizacional (rezar, ler livros, assistir a programas religiosos na televisão)".


OBJETIVO

Avaliar a relação da espiritualidade, religiosidade e saúde em pacientes em diálise.

MÉTODOS

Por meio de consulta nos bancos do SciELO, LILACS, Medline e PsycINFO foi feita revisão de literatura. Foram utilizadas as palavras "spirituality", "religiosity", "religiousness", "religion", "dialysis" e "hemodialysis". Foram selecionados e discutidos aqueles artigos que lidavam com a relação entre espiritualidade e saúde em pacientes dialíticos.

Foram encontrados 88 artigos para o presente artigo. Nessa fase, foi realizada leitura exploratória dos títulos e resumos dos estudos, com o reconhecimento do material que atenderia aos objetivos da revisão. Nessa fase preliminar 73 estudos foram excluídos por não se enquadrarem nos objetivos da revisão. Assim, foram selecionados 15 artigos que eram compatíveis com o tema e estavam publicados em periódicos indexados. Quanto aos estudos brasileiros, optou-se por incluir um artigo com resultados parciais em anais de congresso, devido aos poucos estudos nacionais disponíveis sobre o tema.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O estudo da espiritualidade e religiosidade em pacientes dialíticos vem sendo abordado de forma consistente em publicações internacionais.

Em 2002, Patel et al. realizaram estudo na George Washington University abordando 53 pacientes em hemodiálise e constataram uma associação direta entre percepção da importância da fé (espiritualidade) e frequência religiosa (envolvimento religioso) com suporte social, forma de lidar com a doença e qualidade de vida e inversa com depressão. Na mesma instituição, no ano seguinte, foi realizado um estudo multicêntrico com 165 pacientes dialíticos mostrando uma associação direta entre crenças espirituais (utilizando a Escala de Crenças Espirituais), qualidade de vida e satisfação com a vida. Ambos os estudos avaliaram também parâmetros clínicos dos pacientes e não acharam diferenças estatísticas.

Seguindo os estudos em pacientes dialíticos, Berman et al. publicaram, em 2004, estudo em um centro na Filadélfia (Estados Unidos) no qual, dos 74 pacientes envolvidos, aqueles com altos valores na escala de religiosidade intrínseca (aspecto que faz parte do indivíduo realmente religioso, que internaliza sua fé e suas crenças na vida diária) possuíam alta satisfação de vida e aqueles que possuíam altos valores na escala de religiosidade organizacional (frequência religiosa) possuíam mais satisfação para com os cuidados médicos. Apesar disso, nessa população não foi observada uma relação entre a religiosidade e a aderência à terapêutica.

Da mesma forma, Weisbord, em 2003, realizou um estudo intervencionista em que pacientes com doença renal em estágio terminal foram submetidos a cuidados paliativos por uma equipe multidisciplinar. A intervenção consistia na avaliação inicial de um médico especialista em cuidados paliativos que aplicava questionários, obtinha a história clínica e realizava o exame físico. Os pacientes então eram convidados a frequentar reuniões semanais com a equipe multidisciplinar (que incluía um profissional responsável pelo suporte espiritual), e eram criadas recomendações para o paciente e para o nefrologista. As recomendações eram direcionadas ao tratamento de sintomas, retorno à capacidade funcional, ajuda ao paciente em lidar com a doença e estabelecimento de medidas suportivas no fim da vida. Na avaliação pré-intervenção o domínio espiritual de qualidade de vida era o mais baixo de todos e após essa intervenção foi aquele que mais subiu (cerca de 12 vezes).

Em estudo descritivo, correlacionou-se um maior ajustamento à doença (principalmente no campo psicossocial) com um maior bem-estar espiritual, existencial e religioso. Da mesma forma, estudo qualitativo realizado por Walton ouviu 11 pacientes em diálise no intuito de analisar o que a espiritualidade significava para esses pacientes e de que forma eles usavam isso para se adaptar à nova realidade. A fé e a presença do Divino ajudaram os pacientes pelo processo de encarar a mortalidade e aceitar a diálise, e eles descreveram a espiritualidade como uma força que impulsiona suas vidas.

Outro estudo conduzido por O';Brien demonstrou que a autopercepção da importância da fé religiosa esteve associada com ajustamento em pacientes com doença renal em estágio terminal, estando diretamente relacionada ao comportamento perante a doença e inversamente relacionado a alienação.

A relação entre preferências quanto às medidas suportivas no fim da vida e espiritualidade também foi avaliada em estudo de 2009, que se encontra ainda no prelo. Segundo o estudo, os pacientes que gostariam de medidas suportivas para quadros terminais ou demenciais avançados possuíam um menor bem-estar espiritual e consideravam aceitáveis condutas invasivas para mantê-los com vida.

Quanto à qualidade do sono, estudo realizado em Taiwan com 861 pacientes não mostrou associação entre os valores totais de atividades religiosas e espirituais. Entretanto, quando analisados de forma separada, aqueles que exercitavam suas crenças pessoais de forma mais constante possuíam menos disfunção diurna, e aqueles que traziam crenças espirituais mais fortes possuíam mais distúrbios do sono.

Um único estudo, realizado em 2008, procurou estabelecer a associação entre espiritualidade e mortalidade em pacientes em hemodiálise. Os pacientes preencheram escalas que avaliavam espiritualidade, envolvimento religioso e coping religioso (forma de lidar com a doença). Essas escalas eram graduadas de 0 a 20. Como conclusão, os autores apontam que valores altos na escala de espiritualidade (mas não das outras variáveis religiosas) estiveram relacionados com uma maior sobrevida dos participantes do estudo. Entretanto, quando controlado para outras variáveis, foi encontrada uma interferência do suporte social, razão pela qual os pesquisadores concluíram que mais estudos devem ser realizados para comprovar ou não essa associação. Nesse caso, o suporte social pode ter interferido como mediador da relação entre espiritualidade e mortalidade, ou seja, os pacientes com maior religiosidade e espiritualidade costumam ter um maior suporte social (maior rede social) e esse suporte seria o responsável pela diminuição da mortalidade.

Em 2007, editoral realizado por Finkelstein et al. para a conceituada revista Nephrology Dialysis Transplantationteve como tema central a relação entre espiritualidade, qualidade de vida e paciente em diálise. Os autores colocam em seu editorial que "a relação entre qualidade de vida e espiritualidade certamente necessita ser explorada em maiores detalhes, visto ser tão difícil conseguir um impacto positivo na qualidade de vida de pacientes em diálise" e terminam o editorial questionando: "Não parece ser razoável então explorar o papel da espiritualidade na coordenação e suporte ao cuidado desses pacientes?".

Estudos têm mostrado também a incorporação da espiritualidade nos cuidados médicos. Em 2006, estudo realizado nos Estados Unidos alertou para o fato de que os pacientes querem que os profissionais de saúde (neste estudo, enfermeiras) perguntem sobre a espiritualidade dos pacientes e mobilizem recursos espirituais no cuidar. Quando, em 2002, uma equipe de Connecticut, Estados Unidos, incorporou a espiritualidade por meio de um capelão para sua unidade de diálise, houve uma melhora no funcionamento da equipe como um todo e no amparo aos anseios espirituais dos pacientes.

Na realidade brasileira, poucos estudos abordaram essa questão. Publicado no ano de 2009, Paula et al.realizaram um estudo qualitativo avaliando quatro famílias de crianças em diálise peritoneal e a descrição de manifestações de espiritualidade e religiosidade. Durante os depoimentos, foi identificado nos relatos das mães que "Deus é a esperança de cura da doença crônica" e que "Deus pode protegê-las (crianças) de complicações clínicas". Houve ainda um forte envolvimento da igreja com as famílias por meio de orações para a recuperação da criança. Os autores caracterizam a religião como a fornecedora de "conforto aos membros da família, sendo também uma forma de apoio", assim como "a religião promove interação social e apoio entre familiares e os membros da sociedade" e declaram que "a espiritualidade e a religião se mostraram como uma influência positiva no comportamento dos pais de crianças com doenças crônicas. Os familiares buscam na figura divina a sensação de paz e tranquilidade". Como conclusão, este estudo aponta que "conhecendo as práticas religiosas e espirituais da família, o enfermeiro poderá compreender suas atitudes perante o processo de adoecimento e terapêutico, auxiliando-a a manter práticas que promovam a saúde".

Outro estudo brasileiro em andamento é o SALUD (Spirituality and Life Under Dialysis), de caráter multicêntrico, que envolve três unidades de diálise (Hospital Beneficência Portuguesa em São Paulo, Unidade de Nefrologia de Osasco e Hospital Stella Marris, em Guarulhos) e conta com o apoio da Associação Médico-Espírita de São Paulo. Os resultados parciais do estudo foram divulgados no XV Congresso Paulista de Nefrologia, em 2009. Até o presente momento foram avaliados 55 pacientes, média de 52,6 anos; 60% do sexo masculino. Quanto à religião: 54,5% eram católicos; 27,3%, evangélicos; e 3,6%, espíritas; 40,8% referiram frequentar o templo religioso com frequência; 81,8% rezavam uma vez por dia ou mais; 68,5% acreditavam que a religião era muito importante na sua recuperação; e 60,4% para sua vida. Obteve-se uma correlação da menor frequência religiosa com maior presença de dor (OR: 8,85 - IC95%: 1,2-64,8) e maior nota da dor. Dos que frequentavam pelo menos uma vez por semana o templo religioso, 21,1% possuíam depressão, contra 44% dos que frequentavam menos (p = 0,11). Daqueles que relataram que a religião era muito importante nas suas vidas, 56% possuíam qualidade de vida boa ou ótima, contra 36,8% dos que não a julgavam tão importante (p = 0,21), com tendência à significância à medida que a amostra aumentava de tamanho. Quando os pacientes foram questionados se gostariam que os médicos perguntassem sobre sua religião, 59,3% disseram que sim, e quando questionados se já haviam sido abordados por algum médico, 74,1% disseram que não, mostrando uma barreira entre os anseios do paciente em diálise e a conduta médica. Esse resultado é compatível com outros estudos internacionais, em que 83% dos pacientes gostariam que seus médicos abordassem sua espiritualidade e 94% dos pacientes gostariam que o médico perguntasse sobre suas crenças religiosas se ficassem gravemente doentes.

CONCLUSÃO

A espiritualidade e a religiosidade possuem um papel importante para o paciente em diálise. Mostra-se relacionada com pontos importantes na própria relação médico-paciente, qualidade de vida e enfrentamento da doença, devendo ser considerada pelos profissionais que assistem esse tipo de paciente.

05 maio 2010

Homeopatia, o que é e como funciona? - Dr. Ricardo di Bernardi


A homeopatia é uma terapia primeiramente descrita e organizada por um médico, químico e pesquisador germânico , Samuel Hahnemann (1755-1843). Ele descobriu após anos de pesquisa, que doenças semelhantes curam doenças semelhantes. Hoje, depois de percorrer uma longa trajetória exposta a dúvidas e preconceitos, a homeopatia já é reconhecida pelo Ministério da Saúde como prática integrativa do Sistema Único de Saúde desde 2006, e ganha aos poucos, cada vez mais adeptos.
Em Florianópolis numa clínica particular e na Clinipar, um clínico geral, pediatra , homeopata e Terapeuta Regressivo de Vidas Passadas – TRVP – o médico Ricardo Di Bernardi, complementa a teoria de Hahnemann dizendo que: “o semelhante cura o semelhante”.
Di Bernardi foi entrevistado do
Saúde em foco , e esclareceu as principais dúvidas a cerca da homeopatia,
tanto no tratamento de adultos quanto de crianças, confira os principais pontos da entrevista abaixo:

Marilei - O que significa exatamente este príncípio da homeopatia, doenças semelhantes curam doenças semelhantes?

Dr.Ricardo- Na realidade nós usamos a denominação seguinte:
o semelhante cura o semelhante, por exemplo, suponhamos o remédio homeopático que utilizamos para crianças e adultos, arsenicum album, que se ingerido puro é um veneno mortal, pois traduz-se nos seguintes sintomas, palidez intensa , falta de ar, ansiedade, angústia , sudorese intensa, crise de asma e até mesmo uma parada respiratória. Porém, esse mesmo arsenicum album, se administrado como arsenicum homeopático, servirá para tratar e até curar, um paciente que tenha os sintomas anteriormente citados, em função da semelhança dos mesmos. O arsenicum album homeopático é na verdade a diluição do arsenicum químico, milhares ou milhões de vezes em água, onde essa água passa a energia do arsenicum sem ter a química dele, estimulando por uma ação semelhante a uma defesa orgânica , uma mudança do organismo, tratando a doença.

Marilei -Partindo desse princípio, há muitos questionamentos quanto a eficácia da homeopatia por ser diluída milhares de vezes em água, como o senhor explicaria a eficiência do medicamento, mesmo tendo ele sido diluído
tantas vezes?

Dr.Ricardo- Quanto mais diluída maior é a potência da homeopatia, ao contrário do remédio químico, que nesses casos perde o efeito, na homeopatia essa diluição aumenta o efeito, porque ele não tem nenhuma ação química ao
medicamento, ele não age bioquimicamente, ele age por freqüência de energia, ele atua no nosso corpo enérgico, em outra dimensão, então, por exemplo, o arsenicum leva uma freqüência de energia através da água que é só um
veículo dessa energia, atuando no nosso corpo enérgico, chamada fluído vital, que atua energeticamente, então a conseqüência se faz no corpo físico e mental.

Marilei - Quais são os tipos de produtos utilizados na composiçãodos medicamentos homeopáticos?

Dr.Ricardo- Se usam medicamentos vegetais como: pulsatilla, lycopodium, arnica. Se usam medicamentos minerais como o arsenicum album que se falou agora à pouco.Também são utilizados ouro, chama-se aurum, platina, como ferrum que não é o químico, mas o diluído, assim como se usa medicamento retirados dos animais, como buforrana
do sapo, lachesis trigono séfulus, de uma cobra com cabeça de triângulo,então, há remédios de aranhas, escorpiões, cobras, baratas específicas, ou seja, dos três reinos. Não é a homeopatia tratamento com planta, nem é chá, que também é muito bom, os tratamentos com chás são fitoterápicos, não homeopáticos.

Marilei -Quais as vantagens e desvantagens da Homeopatia?

Dr.Ricardo- As vantagens, primeiro os remédios costumam ser mais acessíveis, menos caros, não costuma dar efeitos colaterais, a nível químico, porque não atua a nível químico, os efeitos colaterais em homeopatia são quase inexistentes, ao contrário dos remédios tradicionais(alopáticos) que pode ter até nas doses corretas efeitos colaterais. Além disso, a homeopatia atua na causa e não na periferia, se temos dois pacientes com asma, nós vamos tratar a asma dele não só a nível orgânico, mas a nível psíquico, então para nós importa se a asma é desencadeada por um comportamento emocional. Então, é preciso identificar estás características, que provocam as crises de asma, e verificar se ele tem medo, angústia, indignação, irritação, ansiedade, e se estás características
são as que desencadeiam a asma, e conforme estás características o remédio muda e vai variar de pessoa para pessoa, então buscar-se-á a homeopatia que irá equilibrá-lo, acabando ou amenizando as crises. Quanto as desvantagens, eu as desconheço, porém, “ para não puxar brasa para minha sardinha”, vejamos o seguinte uma pessoa que só trata com homeopatia, de forma radical, corre o risco de não tratar alguma doença, por exemplo, eu
sou médico homeopata, mas se o meu paciente tem meningite, eu vou tratá-lo com injeção, antibiótico e na veia, mesmo que o paciente queira só homeopatia, ou o senhor vai se tratar com antibiótico ou o senhor mude de médico,
porque caso contrário pode ir a óbito, ou ter uma lesão definitiva, então o uso da homeopatia tem que ser feito com critério e quando é o seu momento, a desvantagem seria a utilização da mesma de forma inadequada, sem bom senso.

Marilei - Quais os tipos de doenças tratadas pela Homeopatia?

Dr.Ricardo- As doenças mais frequentemente tratadas, são as emocionais, como: ansiedade, stress, e também as alérgicas como rinites e ainda as asmas, enxaquecas, gastrite, bronquite, todas àquelas doenças repetitivas, que vão e voltam seguidamente, com homeopatia o resultado é muito mais eficaz e rápido, mas não na crise, nesse momento dou o remédio analgésico para dor, mas se ela quiser tratar a enxaqueca para o resto da vida, aí uso a homeopatia e ela passará a ter cada vez menos as crises, até não ter mais.Em todas as doenças nós podemos usar a homeopatia para auxiliar o tratamento convencional, por exemplo tive pacientes com AIDS e câncer, então, orientei-os a continuar o tratamento com o seu infectologista e oncologista e disse-lhes, que iria auxiliálos com o tratamento homeopático, e agente auxilia bastante.

Marilei -Até porque a homeopatia atua muito na melhoria da imunidade, correto?

Dr.Ricardo- Sim, de fato, é verdade.

Marilei - Somente médicos podem ser homeopatas? Como saber se estamos sendo atendidos por um profissional habilitado?

Dr.Ricardo- A única maneira de saber se é um profissional habilitado, é sabendo se ele é médico ou não, porque desde 1990, a homeopatia é reconhecida como especialidade médica, pelo conselho federal de medicina e conselho
regional de medicina, só podendo ser exercida por médicos.

Marilei - Quem está fazendo um tratamento homeopático para um determinado fim pode tomar remédio para outro problema sem relação com aquele que você está tratando com Homeopatia?

Dr.Ricardo- Sim , perfeitamente.

Marilei - Pode inclusive fazer tratamento alopata paralelo ao homeopata?

Dr.Ricardo- Sim, pode fazer, e agente dá apoio, tem pacientes que tem tireóide, e tratamos paralelamente ao médico alopata.

Marilei - Nesse caso, é necessário informar o médico alopata?

Dr.Ricardo- Não , necessariamente, mas se quiser pode informar, porque a homeopatia não irá interferir no tratamento alopata.

Marilei -A Homeopatia é um tratamento curativo ou preventivo, ou os dois?

Dr.Ricardo- Os dois.

Marilei -O tratamento pela Homeopatia é mais longo do que seria o tratamento com remédios
convencionais?

Dr.Ricardo- Uma senhora minha cliente, sofria de enxaqueca,uma senhora de uma certa idade, e ela vinha tratando
há 30 anos com um excelente neurologista, e ela me procurou para tratar homeopaticamente, e então, começamos a anamnese (investigação do seu caso), estudamos o temperamento dela, relacionamentos familiares, os medos, os sonhos que ela tinha a noite, as sensibilidades, para caracterizar a freqüência de energia dela, e a medicação e receitei a medicação, e disse a senhora venha periodicamente para agente acompanhar, primeiro mensalmente, depois de dois em dois meses, depois de três em três, e ela disse quanto tempo vai levar esse tratamento, e eu disse mais ou menos uns 2 a 3 anos, e ela disse: ah! Dr. Ricardo como é lenta a homeopatia,não! E eu disse para ela quanto tempo faz que a senhora está tratando com o neurologista? E ela disse é verdade uns 30 anos, e eu respondi então 3 anos não é muito não é. Então, na verdade as pessoas repetem culturalmente, ou seja, não é a realidade.